Débora: Meu lugar no Mundo – Franquia The Sims
1 - Essa narração é feita a partir da história e jogabilidade de The Sims Bustin' Out do console GBA;
2 - Os diálogos do jogo usado são em espanhol, como tudo, aliás. Portanto, estarei adaptando as conversas para que fluam normalmente.
3 - O cumprimento das missões realizadas no episódio 2 é explanado ao fim desta postagem.
Episódio 2: Meu Primeiro Cafofo
Desafiando cada pedaço de maturidade
sádica da vida - que sempre diz o que acontece com molecas rebeldes como eu -
finalmente identifico a frente de uma pequena fazendinha de galinhas e o enorme
campo de plantio; aliás, peguei carona com a mesma carroceria que me trouxera à
SimValley, um amigo do meu tio.
E cá estou eu, conversando
com um caipira viciado em desfiar palhas. Tio Palurdete veste uma blusa
desgastada vermelha por baixo de um macacão jeans enorme, e completa seu look
roceiro com um belo chapéu de palha. Ama seu lar, suas plantações e suas
galinhas. Na verdade, depois que se separou da titia, e descobriu sua idolatria
pela solidão, fiquei completamente surpresa por ele ter topado aquela
insanidade junto a mim e aos que me apoiaram.
Quando, todavia, ele me pede
o presente que a “mamãe” enviou, percebo que o coitado mal sabe de toda a treta
que tinha rolado. De qualquer forma, minha tia-prima havia me dado um álbum de
família atualizado para entregá-lo, já que Palurdete é nosso parente mais
distante e desinformado, e é isso que eu faço. O problema é que tantas fotos
novas – para a criatura – rende uma tarde inteira de prosa, prosa essa que me
entedia completamente, já que, a essa altura, tudo o que eu não quero é falar
dos meus parentes, principalmente dos que me descreveram como ingrata, imatura,
rebelde e imoral.
Mas, então, no finzinho da
tarde, o titio me propõe fazer algo que me arranca um sorriso sincero e
colossal do rosto.
‑ Sinta-se em casa, querida. Faça algo para comer, descanse e tome um banho – após, enquanto se levanta do sofá, me sacaneia – afinal, você está cheirando a um estábulo – e sai rindo da minha cara.
Depois de gastar o shampoo de
aroeira do titio, comer frutas naturais, e recém-colhidas, da geladeira,
percebo que não há mais nada para fazer, senão ouvir o velho som de Palurdete,
que só toca duas estações, e as músicas são tenebrosamente bregas; eu nem sequer
sei como dançá-las.
Fico, ali, imaginando, por alguns segundos, se eu seria feliz num palco, tocando um piano, ou guitarra; ou mesmo mandando ver num timbre agudo. Sabe lá aonde estaria se escondendo minha real felicidade. Todo mundo tem sonhos. Pessoas são felizes furando dentes alheios; outras, braços; muitas, trocando fraudas cagadas; várias, tentando mudar o mundo ensinando o ABC, algumas, até usam o ABC para criar novos mundos que só se acessa por meio de páginas. E há aqueles que acham a felicidade escura. Aquela que mora no álcool, na cocaína, e na cama de dinheiro com travesseiro de solidão. Mas, algo me diz que, nem mesmo essa tal felicidade escura eu encontraria, caso tentasse. Me sinto numa sala tão branca e sem cantos, que temo pisar no nada e despencar eternamente, sem começo, meio ou fim. Na verdade, será que já não estou caindo sem rumo há catorze anos?
Não tenho a menor ideia de
quanto tempo fiquei ponderando, na noite anterior, mas, acordo pelo movimento
de tio Palurdete na casa, arrumando-se para ir cuidar de suas queridinhas
plumadas. Aparentemente, o titio sempre acorda às cinco da manhã, quando até
mesmo o sol ainda ronca.
Nos encontramos na cozinha, e
lá está ele, estrangulando um pedaço de palha seca. Depois de um bom dia nada
animado de minha parte, Palurdete me fala algo que destrói qualquer espírito
negativo enraizado nas vértebras da minha coluna:
- É hora de ir para o seu celeiro - detona ele, de forma casual, destroçando o que ainda resta da palha. Quando nota minha empolgação facial silenciosa, sorri, mais empático - Sim, agora ele é todo seu. Quando tiver afim, pode levar a sucata que tem no quintal para o seu novo lar.
Posso dizer que gritar e
pular exageradamente é coisa típica de uma pirralha de catorze anos; e eu,
orgulhosamente, representei bem minha geração.
Enquanto o titio segue rumo
aos seus trampos matinais, eu corro até a primeira gaveta de sua cômoda (onde
soquei descuidadamente minhas roupas, quando chegara), a fim de trocar o look,
afinal, casa nova pede vestes novas.
Antes de concluir minha
pergunta para mim mesma, mentalmente me respondo sobre a sucata que meu tio
mencionou: depois que a titia foi embora, ele deve ter removido um monte de
tralha do casamento para lá, castigando-a com chuva e sol, como forma de
vingança pessoal... Espero que dê para eu usar, de qualquer forma.
Depois de catar no quintal
atrás da casa do meu tio: um galo de madeira, uma cama velha, um sofá
surrupiado, uma geladeira e uma tv danificadas, sigo para o celeiro, notando,
pela primeira vez, uma porta no andar de baixo, aonde adentro para descobrir um
vaso velho instalado. Ah, pronto, minha linda casinha já tem até banheiro!
Ao subir a escada, dou de
cara com o pequeno celeiro quase completamente vazio, senão pelo meu próprio
telefone, que já me espera, instalado perto da minha futura cama. É óbvio que
depois de organizar tudo, ligarei para a Sara e lhe contarei tudo!
Após colocar tudo exatamente aonde me agrada, sobra-me dois empecilhos: uma geladeira que não me alimenta e uma tv que não me diverte. Felizmente, tenho um faz-tudo como vizinho (pensar assim esquenta minhas entranhas agradavelmente). Palurdete me dá umas boas horas de aula prática de mecânica, usando seu próprio trator como cobaia. Mais tardar, cá estou eu, sofrendo choques físicos e emocionais. Certo, claramente não é na mecânica que encontrarei meu lugar de felicidade. Quando os últimos raios de sol deixam a fazenda, tenho uma geladeira bacana e uma tevê que chia muito, mas eu estou pouco me lixando... É hora de falar com o demônio do meu ombro esquerdo!
- Você está falando que não tem cômodos? Isso é insano! – a voz de Sara é um conforto que tortura de saudade.
- Tem um, Sarinha, já não basta? Dois, se contar com o banheiro. Além do mais, eu posso chamar de meu. Eu mando. Eu digo que horas durmo. Como o que quiser. Assisto o que quiser. Uso o telefone o quanto quiser.
- Telefoooooooone.... I’m a elder...
- Não enche o saco, piranha – insulto, mesmo que rindo, o que faz a mesma cair na gargalhada mais imatura que ouvi.
No segundo seguinte, mudo o tom da prosa.
- Sara... Mamãe e papai perguntaram sobre mim?
Ela
demora eternos segundos para responder.
- Acho que seu pai começou querendo perguntar por ti, mana; mas, no fim, terminou interessado no meu porquinho da índia. Já a sua mãe, nem fala comigo. Acho que ela me culpa por você estar aí. Afinal, se alguém poderia fazer você mudar de ideia, esse alguém seria eu.
Rio.
- Errada ela não tá. Bem que você poderia ter me impedido.
- Desculpa, baby, mas não é minha função de BFF.
Eu posso ouvir o sorriso dela do outro lado da linha. Está igualzinho ao meu. Depois de alguns segundos de silêncio, ela se despede.
- Aí, gata, arruma um pedaço de mal caminho, dá uns pegas nele, e depois tira uma foto sensual dele com o seu telefone fixo remoto para eu ver, tá – não dá para não rir dessa maluca – beijo, te amo, tchau tchau, JÁ VOU, MAMI! Tu... tu...
Pondo o telefone de volta no gancho, suspiro com o coração deliciosamente dolorido.
“Também te amo, Sarinha”.
-----------------------------------FASE 1--------------------------------------
*Fale com Tio Palurdete*
MISSÃO 1: CONHECENDO TIO
PALURDETE
1° Objetivo Cumprido –
Entregar o Álbum a Palurdete:
Você interage com o seu tio,
até aparecer opções de diálogos; desça até encontrar a seguinte: “iTengo Algo
Para Ti!”; após escolher isso, seu inventário abrirá; escolha o álbun de fotos
e clique nele. Pronto.
2° Objetivo Cumprido – Ficar
Amigo de Palurdete:
Basta falar com ele o que ele
gosta de ouvir: lá vai algumas das frases.
“Dicen que el de la tienda
[...]”
“Dicen que el alcade [...]”
“El precio del tomate [...]”
“Dicen que el motero [...]”
“Sim duda, eres el [...]”
“Pss! Em verdade [...]”
“Tu sabes el del [...]”
“Buenas
noticias. [...]”
(Caso nas opções de diálogo
não surja nenhuma dessas opções, dê adeus – última opção – e reinicie a prosa,
fazendo isso sempre que necessário)
*Fale com Tio Palurdete*
MISSÃO 2: BEM-VINDO A
SIMVALLEY
1°, 2° e 3° Objetivos
Cumpridos – Os mais fáceis do jogo: comer, banhar e dormir:
Podem ser feitos em qualquer
ordem. Atente para a comida. Essa é uma das últimas vezes que comerá de graça,
então, se for na geladeira, coma umas 3 ou 4 vezes. Se for no fogão, 1 só dá.
Dormir, tanto faz ser no sofá, como na cama. Mas a cama é do seu tio, e o coitado
precisa dormir, portanto, não seja mal-educado.
*Fale com Tio Palurdete*
MISSÃO 3: ARRUMANDO O CELEIRO
1° ao 5° Objetivos cumpridos
– Colocar os cinco móveis que estão no quintal atrás da casa do tio Palurdete
no Celeiro, ao Oeste da mesma casa.
Os móveis são: galo de
madeira, cama, sofá, geladeira e tv. Você interage com eles e aperta “Meter em
el bolsillo”, levando-os, para o seu inventário. Segue para o celeiro, aperta o
botão START do seu emulador, e passa as opções com os botões R e L, até chegar
no seu inventário. Use as setas para mover, R e L para rotacionar, A para
confirmar, B para cancelar; cor amarela, pode pôr, cor vermelha, não pode.
Depois de mobilar com os cinco, missão cumprida.
*Fale com Tio Palurdete*
MISSÃO 4: FAZENDO REPAROS
1° Objetivo Cumprido –
Incrementar o trator:
É essencial que você faça
isso antes de tentar concertar a tv e a geladeira, para reduzir as chances de
tomar choque, pois, embora não morra, perde tempo, e reduz seus lifes. DICA
IMPORTANTE: incremente-o duas vezes! Ao fazer isso, você
ganha, não 1, mas 2 pontos de habilidade de mecânica, o que , no futuro,
principalmente, nas profissões, valerá muito a pena.
2° e 3° Objetivos Cumpridos –
Concertar a geladeira e tv.
Agora é só chegar e apertar
no botão “Reparar”. Se você quiser
salvar antes para evitar risco de choque, fica a seu critério, mas as chances
diminuem bastante com o cumprimento e o macete do 1° objetivo.
Comentários
Postar um comentário