GTA San Andreas (Modo Noob Game): Família, Sempre.


Episódio 2: Bater ou Apanhar



Confira o que é modo Noob Game aqui.

Observações a ressaltar, antes de tudo:

1 - Essa narração contém palavrões e linguagem de teor sexual. Recomenda-se ter mais de catorze anos para lê-la.

2 - esse trabalho é uma semifanfic que mescla a real história do jogo a pequenas cenas criadas pelo Classicando, então, tenha em mente que a parte colorida é fake quanto aos criadores, e original quanto a narração; além de que algumas deduções de pensamentos não portam veracidade comprovada, algo não explanado oficalmente até o atual momento;

3 - os termos "negro", "preto" e demais sinônimos serão abordados aqui com frequência, visto que a maior parte dos personagens são realmente afrodescendentes. O uso desses vocábulos não são de tom perjorativo, mas de banal utilização direta, por ressaltar os pensamentos dos reais negros da quebrada, e indireta, por utilizar esses termos como realmente são - um aspecto normal dos personagens;

4 - Tenha ciência de que há bastantes palavrões e algumas situações machistas, perante a objetificação das meretrizes, xonofóbicas, quanto aos mexicanos, e até homóbica em outros casos, visto que esse contexto era comum quando o jogo foi lançado, e talvez ainda seja no meio gângster (eu não posso afirmar, nem negar). O Classicando NÃO COMPACTUA com essa linha de pensamento;

5 - As narrrações podem soar estranhas para quem lê, se essa pessoa não se desapegar da conduta desprovida de emoção que conhece da skin do protagonista. Muitos não têm o curto contato aos sentimentos de CJ nas cutscenes, pois pulam logo para a liberdade de movimento, usando as possibilidades do jogo para realizar barbaridades disponiveis segundo suas próprias regras, o que desacostuma o condutor do Carl a vê-lo como um ser portador de emoções e afeto;

6 - Optei por trabalhar com takes próprias da minha jogatina, que auxiliam na imersão à narração; todavia, a qualidade e limunisidade de algumas imagens pode vir a ser um empecilho que, atualmente, não posso resolver.

7 - As falas recorrentes do game são adaptadas conforme necessidade, para que as conversas fluam mais naturalmente, na hora da leitura, compactuando com a personalidade de cada NPC e também do protagonista.

Boa leitura!

Visão Rockstar - Missão Big Smoke/Sweet e Kendl



  O tom de azul das paredes, as fotos antigas de Kendl e Sweet, a televisão humilde, e o amado CJD 500, responsável por fazer os irmãos Johnson perderem muita grana apostada com os manos, além de muito conflito entre eles.

   Uma foto de Beverly caída no chão leva o segundo filho a mergulhar em lembranças de molecagem, ao som de gritarias da Sra. Johnson; brigas sem nexo, disputas imaturas contra o Brian, fugir com Ryder e Big Smoke para fumar e beber.... 

   Foi na adolescência de Carl que que a coisa mais empolgante de sua vida aconteceu. Sweet, como líder de uma gangue nomeada Grove, integrou seus irmãos a ela, levando o jovem americano a rever e se apegar ainda mais ao conceito de família. Não conhecera seu pai, mas ali possuíra muito mais homens a que se espelhar. É claro que ele tinha que foder com tudo.

  Completamente perdido no passado e presente, sem saber se deve chorar de emoção ou de medo por rever sua casa de infância, CJ se arrasta perturbadamente até a cozinha, pondo Beverly bem diante de si, na mesa de jantar, onde ele possa vê-la de forma clara, virar macho e provar aos irmãos que ele não é só mais um bostinha que abandona os manos, nem a família.

   Silencioso como um ninja, um taco de beisebol ameaça arrebentar a cara de Carl, quando ele identifica seu enorme amigo de infância, o falador de merda do Smoke, chegar, intimidando-o. Somente após confirmar que o otário não quer se vingar dele por esses cinco anos de negligência, e que apenas guarnece a casa contra furtos, CJ se permite cumprimentar seu brother.




   Como sempre, é muito bacana conversar com o grandão, pois, a todo instante, ele diz uma merda que lhe faz perceber que, por mais derrotado que esteja, você não é um burro cagador de filosofia barata. Smoke quase faz seu amigo se emocionar ao prometer se vingar pela Beverly. Ali, na comunidade, todos eram irmãos de todos, e todas as mães, tias dos filhos umas das outras. CJ se sente abraçado por sua família e acolhido, mesmo depois de todas as bostas que se permitiu fazer. E esse acolhimento alimenta em seu peito a ideia de que fará de tudo para merecer uma segunda chance.

   Dirigir o carro de Big Smoke por Los Santos faz CJ memorar seu amor pelo volante, algo que esqueceu; ainda que houvesse roubado incontáveis carros para Joey Leone, em Liberty City, no final, terminava a pé, sem poder admirar um possante próprio e presenteá-lo com um nome bosta. CJ até sorri discretamente ao notar que apelidou sua bicicleta recém-furtada de Branquela, como chamava aquela cocota de Portland nos momentos de boa foda. 

  Num momento, quando Smoke pergunta que tipos de carros CJ dirigia na Costa Leste, ele se permite zoar o infeliz, respondendo apenas "metrô", o que invoca uma risada de budogue rouco do gordão de coração mole.



  Ao chegarem (Ele e Smoke) ao Cemitério de Vinewood, o magrelo reencontra seus irmãos. Kendl, como sempre, ainda que marrenta, naquele jeito meloso de amar a todos, recebe-o com um abraço carinhoso. Mas Sweet não parece muito contente ao rever CJ. Ryder se mantém tão estático quanto os vigias das putas do Pig Pen.

   Sweet, mentalmente surtado, se permite, sem dó, vomitar no irmão todo o seu rancor por sua atitude covarde de cinco anos atrás, deixando claro seu desprezo pelo feito, o que causa uma revolta na irmã dos manés. De algum modo esquisito e aleatório, o assunto tenso do recinto vai de A Morte dos Johnson e a Covardia de Um Deles à Kendl Está Dando Para Um Tal Cesar Supostamente Pertencente a Uma Gangue Rival.

  Kendl parte, deixando um Sweet altamente irritado para trás, que sabe decorado os túmulos de cada mano que perdeu desde que a Grove desceu em respeito e influência, momento de apogeu dos Ballas, filhos da puta de roxo, e os Vagos, mexicanos estúpidos de amarelo.

   Agora, como nos velhos tempos, quatro membros da Grove (ao menos CJ gosta de pensar assim) deixam as covas de seus entes para trás, respeitando seu merecido descanso distante de covardes assassinos e autoridades corruptas; todavia, aparentemente, os Ballas, que já devem ter descoberto sobre a volta de um Johnson a Los Santos, surgem num voodoo vermelho, atolados de munição até o cu, prontos para dar a Carl Johnson uma verdadeira recepção. 


Visão Classicando - Ainda Missão Big Smoke/Sweet e Kendl



   Após ter seu carro bravia negro estourado à bala, Big Smoke chora à morte de suas rodinhas, mas Sweet não tem tempo a perder com choramingo de bolo fofo; precisa tirar sua gente daquela área e levá-los vivos à Grove Street. Sem muita escolha, ou tempo para pensar, ele induz os demais a roubarem umas bicicletas ali perto, torcendo mentalmente que seu irmão magricela aguente uma fuga de bike.

   Carl pode ouvir Ryder zoá-lo, como sempre fez, numa tentativa brochante de se sentir menos fracassado do que é, alimentando seu ego, igualmente nutrido por muita droga.

― As coisas mudaram por aqui! ― CJ consegue gritar para o irmão.

─ CJ, vigie sua retaguarda aqui, cara – Sweet, claramente ainda muito cuidadoso com os seus, responde.

― Como tudo ficou tão ruim? Eu achei que esse fosse um território da Família! 

─ Sim, é da família Temple Drive. Nós não andamos mais com eles. Vamos, CJ, vamos! 

   Claramente cansado, o mano tenta se manter às costas do cabeça da gangue, que precisa reduzir a velocidade algumas vezes para não o deixar para trás. Nesse momento, CJ nota a presença do voodoo vermelho dos Ballas, que auxiliou na destruição completa do recém-falecido carro do Smoke, a sua retaguarda (para ressaltar: mesmo pesando uma tonelada, Smoke ― e Ryder ― se mantêm na dianteira); a família dos malditos roxos disparam tudo que podem nos panacas verdes (ainda que CJ não tenha tido a chance de se caracterizar como a gangue ― sendo que ele não sabe se está mesmo aceito de volta ou não) 

― Merda! O carro dos Ballas ainda está na nossa cola! Separar!

 Sweet, em sua autoridade de líder gângster, consegue atrair os inimigos para si, deixando Ryder, Big Smoke e um irmão muito preocupado para trás. 

― Acompanha aí, filho da puta! ― ordena Ryder, assumindo a liderança.

  Mais à frente, usando alguns becos e calçadas, os manos continuam seu caminho em busca da segurança de seu bairro, quando Ryder informa concisamente. 

― Você está em dívida, CJ! Por que se importou em voltar?

   Mas o negro não tem cabeça para aturar as crises de Ryder Eu Sou o Melhor. Pensando a cada segundo onde estava Sweet, ele clama em silêncio: “não posso te perder também, não posso! Porra, Sweet!”.  

   Big Smoke, que arfa redondamente, golfa:

― Tá voltando pro jogo, né, chapa? Você já era ruim assim antes de partir?! A Costa Leste te deixou magrelo, amigo.

  Smoke se refere a ausência de músculos e gorduras que, em outra época, tornavam o mano intimidador. Além de sua clara dificuldade em acompanhar um gordo de bicicleta.

 “Sweet, seu filho da puta, onde você está?” 

 Quanto mais perto chegam da Grove, mais as entranhas do irmão mais novo se emaranham. Adentrando no Skate Park e mergulhando num passado cheio de parceria e hematomas, CJ continua a imaginar como encarará o velório de um terceiro familiar.

  ―Vamos, CJ! Está envergonhando a gente, nego! ― berra Ryder mais à frente, claramente desgostoso pelo camarada não ter caído ao utilizar uma rampa íngreme.

   Quando pegam a rua que leva à Grove, Carl já se sente tão puto que sua visão borra, dificultando seus desvios aos demais veículos e pedestres nas ruas; prefere mil vezes ter os Ballas à sua cola do que não poder saber se o irmão está bem. Mas, para seu completo alívio, Sweet aparece à retaguarda dos parceiros, unindo os quatro de novo... E o voodoo a eles. É hora de pedalar com gosto, devorando mais alguns metros até poder chegarem a salvo (e sem buracos no corpo) ao bairro deles.



   Na esquina do bar Misty’s, os vacilões concluem que não conseguirão mais derrubar o líder da gangue rival, nem nenhum de seus gângsteres, e os deixam em paz.

   Somente quando chegam em frente à sua casa, CJ se permite sentir toda aquela adrenalina que sempre lhe excitou ainda mais que mulheres. Está tão satisfeito, tão vivo, que até consegue apreciar Ryder entoar para todos que mostrará sua força aos desgraçados dos Ballas, enquanto dá voltas pelo local.

  Sweet, calmo como se correr o risco de morte fosse parte de qualquer rotina civil, indaga ao irmão:

― Então, quando você vai embora, Carl?

  Eufórico ao ouvir o som da voz do irmão lhe direcionar algo que não seja cobrança acusatória, responde:

― Não sei. Estou pensando em ficar. A coisa está foda.


  Mas um muxoxo sarcástico deixa a boca do gângster. 

─ A última coisa que precisamos é da sua ajuda. 

    CJ não se estressa com isso, apenas sente a viril necessidade de provar ao irmão que jamais lhe decepcionará outra vez.

― Cara, eu não vou te deixar na mão, eu juro!

― Bom ― ou ele resolve mudar drasticamente o assunto, ou isto é um teste ―, nós vamos chamar alguns caras da vizinhança para fazer um inferno por aí. Você quer ir?

   Não ter acusado Carl de mentiroso, ou covarde, ou fujão novamente, já foi uma prosa capaz de fazer o peito do brother aquecer. Mas CJ acabou de chegar, não tem uma arma, força ou respeito. E ainda está um pouco nervoso com a recepção dos Ballas. Precisa se preparar, antes de mostrar ao irmão do que é capaz. Mesmo relutante com uma nova acusação de covardia, ele declina:

― Eu andei o dia inteiro, estou cansado. Vejo vocês depois.

    Se Sweet iria ou não insultar a resposta negativa do irmão, não teve tempo, pois Big Smoke mete um novo convite na conversa.

― Ei, vá nos visitar. Temos que voltar a sair juntos.

― Sim, e mude também suas cores, otário ― Ryder não perde uma oportunidade de criticar o colega ― E corte o cabelo. É embaraçoso ser visto com você.

   Assim, os negros partem em suas bikes para suas devidas moradias: Ryder à esquerda da mansão Johnson, Sweet à direita, e Smoke...em Idlewood? Não importa agora, depois ele indaga isso. Algo tem prioridade em seus pensamentos.

  Carl desce da bicicleta, contemplando o irmão adentrar em sua nova residência, matutando tensamente sobre como fará para que Sweet lhe confie novamente um lugar na gangue e, ainda mais importante, como conquistará o perdão do mano pelo que houve a Brian, em 1987.

    Nesse instante, um zé boceta qualquer monta na bicicleta recém-furtada e canta pneu antes mesmo que Carl possa insultar a mãe do infeliz.

   Com um suspiro neutro, pensa: “melhor lembrar de trancar a Branquela quando for estacioná-la. Aqui, ou você bate, ou apanha.”




Episódio 3 (parte 1) aqui.


>>>  Macete Missão Big Smoke/Sweet e Kendl  <<<


(Lembrando que este jogo é realizado no modo Noob Game, contendo o cheat BAGUVIX – saúde – e AEZAKMI - Inibir Polícia - ativado, dentre outras alterações)

 Confira as outras alterações aqui.


   Para passar nessa missão sem saúde ativado, você precisa saber que os Ballas estarão sempre tentando ficar ao seu lado, portanto, se sua posição for do lado direito de Sweet/Ryder, eles terão mais dificuldades de te acertar, segundo a wiki oficial do jogo.

   Em minha experiência pessoal, não tenho que me preocupar com o life do CJ, mas com sua manutenção na retaguarda dos parceiros. Os Ballas tentarão te prender, pondo o carro na sua frente, ou te derrubar. Pedale depressa sempre que possível, e quando o carro estiver ao seu lado não tente correr mais que ele (obviamente, porque é um carro), aperte o freio traseiro, fazendo sua bicicleta driblar o veículo inimigo; após, circunde-o e prossiga pedalando, repetindo essa estratégia sempre que for preciso desviar do carro (ou dos tiros).

  Quando chegar ao Skate Park, não precisa adentrar e repetir a manobra do Ryder e Big Smoke. Prossiga na rua, sem virar à esquerda, mesmo que eles façam isso; vire somente na outra esquina a esquerda, ficando parado na saída do parque, enquanto espera por eles; assim, você reduzirá as chances de queda e fracasso da missão.


(O link para o próximo episódio  fica logo depois do fim da narração, mais acima)



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